terça-feira, 1 de junho de 2010

Projeto Final Proinfo Integrado

Em nosso 9º encontro começamos a desenvolver nosso projeto final do curso. O meu projeto está voltado para o ensino de língua estrangeira inglês através do uso das TICS. Pretendo ainda melhora-los e desenvolvê-lo mais, afinal tive que escrevê-lo em apenas uma aula.


PROINFO INTEGRADO



PROJETO FINAL – LINUX EDUCACIONAL


A ABORDAGEM DA LEM LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS DO USO DE
SOFTWARES E EM MEIO ELETRÔNICO POR ALUNOS DO 9º ANO




ALUNA: VIVIANE DA SILVA LINS
MATRÍCULA: 181245-9
PROFESSOR: MARCELO DE ASSIS
TURMA: TERÇA-FEIRA / MATUTINO




BRASÍLIA
JUNHO/2010

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

O ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras (LE1) recebe maior importância a cada dia através da necessidade de se acompanhar o acelerado ritmo de globalização econômica e cultural. Profissionais de várias áreas procuram ter conhecimento de línguas e culturas estrangeiras para aumentar suas possibilidades no mercado de trabalho interno e externo, tornando o conhecimento de LE indispensável nos dias atuais. Ou seja, aprender uma LE é uma necessidade atualmente, não só por proporcionar uma expectativa social, mas ainda pelas contribuições na formação educacional. Portanto, a sociedade atribui certo valor à aquisição de LE.

Aprender uma língua na escola é uma experiência educacional que se realiza para e pelo aprendiz/aluno como reflexo de valores específicos do grupo social e/ou ético que mantém essa escola. São esses valores transformados em interesses (na dificuldade inerente à faixa etária de se expressar necessidades de fato) que fazem o currículo abrigar uma ou mais línguas estrangeiras (ALMEIDA FILHO, 2002, p. 11).
Quando se estuda uma língua estrangeira, amplia-se a possibilidade de comunicar-se com o mundo, a auto-percepção do indivíduo, através da linguagem, como ser humano e como cidadão. Isso possibilita à pessoa estar em contato, ou até mesmo, interpretar uma outra realidade através da imersão desse sujeito em um novo universo cultural.
Por outro lado, observa-se hoje, uma escolarização precária em LE nas escolas públicas e particulares, consequentemente, muitas pessoas, visando melhorar seu desempenho no estudo de LE, procuram cursos de idiomas que prometem um aprendizado eficiente da língua alvo.
A sociedade brasileira reconhece um valor formativo no estudo de línguas estrangeiras na experiência de aprender outras línguas na escola. Reconhece esse bem cultural ao garantir de alguma forma a presença da disciplina Língua Estrangeira no currículo e mesmo quando se duvida da eficácia do ensino escolar, leva seus filhos e a si mesma para aprender línguas em escolas e institutos particulares de idiomas (ALMEIDA FILHO, 2002, p. 7).

O professor/educador de LE tem um importante papel no processo de aprendizagem dos alunos, e para essa aprendizagem ter sucesso é necessário o uso de recursos metodológicos que preencham as necessidades, diminuam as dúvidas e ainda possibilitem a segurança no uso do idioma adquirido. Celani (2001) diz que o professor de línguas deve ser um profissional reflexivo e crítico, pois ensinar não é uma atividade neutra. Afirma ainda que no ensino de línguas estrangeiras a criticidade é particularmente importante para garantir que os valores da cultura estrangeira, que necessariamente fazem parte dessa aprendizagem, sejam entendidos a partir de uma postura crítica, que tem como objetivo formar o cidadão brasileiro. Trocar idéias, motivar, questionar e inovar pode levar os alunos a uma independência maior e à responsabilidade por seu aprendizado. Cabe ao professor-educador, através de sua abordagem, saber o que melhor se adapta ao seu público alvo.
Uma abordagem sempre se materializa num ensinar com qualidade variável, fruto das condições internas de cada professor em sua inter-relação com condições externas em que se dá o seu ensino. Para discernir qual abordagem vigora é preciso olhar o jeito de ensinar, as aulas e suas atividades. (ALMEIDA FILHO, 1999, p. 17).
Almeida Filho (op. cit.) diz ainda que cada professor exerce sua função de ensinar num determinado nível de capacidade, poder ou competência. As histórias de vida, as formações profissionais e as condições de trabalho oferecidas pelo contexto concreto onde operam os mestres influenciam diretamente no ensino e aprendizagem de LE.
Durante décadas, vários métodos apareceram e tentaram se firmar como alternativas de ensino-aprendizagem, direcionados às necessidades de cada realidade, grupo ou época. Contudo, os métodos foram perdendo seu prestígio até mesmo pelas frustrações causadas por muito deles.
Prabhu (1990), em seu texto “There’s no best method – Why?”, afirma que nenhum método pode ser considerado totalmente bom ou melhor que o outro, pois há uma série de fatores que impossibilitam apontar um melhor método. O contexto de ensino, o fato de haver uma verdade em cada método e definir o que “melhor” significa motivam discussões sobre que método produz o melhor resultado. Se vários fatores podem afetar o ensino, não há como haver então um método eficiente para cada uma das infinitas situações. Isso seria muito difícil, pois cada grupo tem uma disposição diferente para a aprendizagem que depende de diferentes fatores como motivação, contexto social, cultura, entre outros. Nunan (1991, p. 228) também fala sobre a desvalorização do método:
Descobriu-se que nunca houve e provavelmente nunca haverá um método para todos e o foco recentemente tem sido no desenvolvimento de tarefas e atividades para sala de aula que sejam consoantes com o que sabemos sobre os processos de aquisição de segunda língua e que sejam também harmônicas com as próprias dinâmicas da sala de aula. 5
Prabhu diz ainda que o inimigo do ensino não é o mau método e sim a super-rotinização. De acordo com Sant’Ana (2005, p. 28-30), “[...] o professor de LE tem sido orientado para reproduzir; aprender técnicas para fazer ‘deslizar’ o conteúdo linguístico para dentro da cabeça do aluno [...] O resultado desse quadro é que temos grande parte dos professores imitadores, de prática repetitiva”.  Para Almeida Filho (2002, p. 18), “[...] o que faz o professor ensinar como ensina é basicamente a sua abordagem [...]”. Mas será que os professores estão conscientes da abordagem que utilizam em sala de aula?  
A experiência profissional na área de língua inglesa mostra aos próprios professores que cada indivíduo se adapta melhor a uma determinada forma de aprendizagem. Uns preferem aprender a língua através de regras gramaticais, teorias formais, portanto, melhor se adaptam à abordagem gramatical. Enquanto outros preferem aprender comunicando-se, de uma forma mais interativa.
A realidade brasileira apresenta, hoje, várias opções para aqueles que desejam estudar uma LE. Dessa forma, a possibilidade de cair nas mãos de profissionais não qualificados é também maior. Uma experiência negativa, como o fato de um aluno estudar através de metodologias as quais ele não se adapta, rotinizadas ou que não atenda as suas necessidades, pode traumatizá-lo. Almeida Filho (2005) afirma que, “Para ser professor profissional de língua há requisitos e expectativas nas sociedades contemporâneas como a brasileira”. Almeida Filho (idem) diz ainda que para se credenciar como profissional o professor tem de satisfazer exigências formais: o diploma, a licenciatura, o grau colado. Ou ainda atender as expectativas sobre ser profissional que a própria corporação e o público se incumbem de projetar, através da formação sistemática em - serviço pós-certificação, frequentemente denominada continuada.  
Contudo, hoje em dia, é comum ver professores de LE sem formação na área e até mesmo com formação em outras áreas. É também comum ver professores licenciados que não se preocupam com a sua formação continuada, ou seja, não possuem consciência crítica da realidade do ensino, portanto, não possuem uma visão do ensino como desenvolvimento de um processo reflexivo e contínuo, mas sim como uma mera transmissão de conhecimento. O profissional crítico e reflexivo é capaz de perceber as evoluções no ensino e as necessidades de seus alunos.
A partir de nossa formação continuada, através da participação no curso Proinfo Integrado, observamos que, ainda após toda revolução tecnológica, desconhecemos novos sistemas operacionais e softwares facilitadores do processo de ensino/aprendizagem. Muitos de nossos alunos também não possuem tais conhecimentos e, portanto, não têm o hábito de produzirem trabalhos corriqueiros, de apresentação visual/oral, utilizando softwares como recurso. Esta pesquisa se ocupará, então, em apresentar a cinco turmas de 9º ano dentro da disciplina língua inglesa, uma proposta para apresentações de trabalhos utilizando softwares e o meio eletrônico dentro do sistema operacional Linux.
Para a realização dessa pesquisa utilizamos o estudo de caso que, de acordo com Gil (1999, p.73), vem sendo muito usado por pesquisadores por proporcionar, por exemplo: a exploração de situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos; e a descrição da situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação. O estudo de caso pode, ainda, ser usado em pesquisas exploratórias9. Estudo de caso é uma técnica de estudo, em que se faz uma pesquisa sobre um caso particular, para tirar conclusões sobre princípios gerais daquele caso específico.
O tema abordado nesse projeto visa, conforme já falamos anteriormente através dos autores citados, sair da super rotinização da sala de aula através de visitas ao laboratório de informática, promovendo a inclusão digital, para aprender a utilizar recursos para inovar as apresentações de trabalhos pelos alunos.

OBJETIVO GERAL

Capacitar alunos de línguas estrangeiras a trabalharem com a metodologia de projetos criados através do sistema operacional Linux a partir do uso de softwares e meio eletrônico, além da promoção social através da inclusão digital.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar o sistema operacional Linux e as ferramentas (softwares) que os alunos utilizarão para produzir seus projetos através de um “storyboard” (apresentações).


CONTEÚDOS CURRICULARES E DISCIPLINAS ENVOLVIDAS

Este projeto está voltado para as disciplinas que envolvem línguas estrangeiras podendo ser adaptado para outras áreas de conhecimento. Os alunos montarão apresentações de conteúdos gramaticais em “storyboard” voltados para tempos verbais (Verb Tenses) utilizando a teoria através de exemplos e ilustrações .

METODOLOGIA

Primeiro, realizamos um levantamento bibliográfico o qual proporcionou o embasamento teórico necessário para que se entendesse um pouco mais sobre o tema dessa pesquisa. Segundo, faremos um estudo de caso, em que a pesquisadora, ministrará aulas e por meio de observações das mesmas e entrevistas posteriores com os sujeitos de pesquisa, poderá identificar o aprendizado e a satisfação dos alunos diante de uma nova proposta de trabalho e de uma aula não tradicional. Terceiro, analisaremos de mareira geral os dados coletados durante as observações feitas, além das impressões dos sujeitos dessa pesquisa.

TEMPO TOTAL DE REALIZAÇÃO DO PROJETO

O cronograma para realização desse projeto estende-se por aproximadamente quatro semanas compreendendo oito horas/aula por turma.

MATERIAL E SUPORTE NECESSÁRIO

Utilizaremos o laboratório de informática da escola bem como os computadores com o sistema operacional Linux e o pacote Broffice.org.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. 3. ed., Campinas, SP: Pontes, 2002. 
_____________. O Professor de Língua Estrangeira em Formação. Campinas, SP: Pontes, 1999. 
CELANI, Maria A.A. Ensino de línguas: ocupação ou profissão. In: LEFFA, V. (Org). O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2001.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
NUNAN, David.  Understanding Language Classrooms: A Guide for Teacher-Initiated Action. Prentice Hall, 1991. p.228.
PRABHU, N. S. Não há melhor método – Por quê? Trad. Gisele Domingos del Mar. In:  TESOL  Quarterly, v. 24, Assis: Unesp, 1990. 
SANT’ANA, Juscelino A. A praxis competente na aula de LE: quando o como e o porquê ajudam a ensinar melhor. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada). Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução. Universidade de Brasília, 2005.

FORMA DE AVALIAÇÃO

A forma de avaliação ocorrerá a partir do desenvolvimento das atividades propostas, bem como a culminância das mesmas e a participação dos alunos envolvidos no processo.

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Agora, começar a por em prática! (=

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